Ímã mais forte do mundo
Engenheiros do Laboratório de Altos Campos Magnéticos (MagLab) dos EUA construíram o magneto mais forte da Terra, com um recorde de fluxo de densidade magnética de 45,5 teslas.
Ao contrário do seu antecessor gigantesco, o 45T, que detinha o recorde há quase duas décadas, a nova configuração é muito menor e usa bem menos energia.
Isto foi possível com a utilização de fios de um composto de terras raras chamado óxido de cobre-bário (REBCO), que se torna supercondutor a -196º C. Esse frio extremo também permite a criação de bobinas sem a necessidade de isolamentos - a bobina atinge 1.260 A/mm2.
O pequeno recordista, contudo, ainda não é um ímã de trabalho de pleno direito porque só foi capaz de sustentar seu campo magnético por alguns segundos. Mas o experimento mostrou que os ímãs feitos de supercondutores de óxido de cobre são uma opção viável para versões mais duradouras - o mais comum é usar nióbio.
E é uma boa notícia considerando que o seu antecessor, o 45T, que é totalmente funcional, é um monstrengo de 6,7 metros de altura e 35 toneladas que consome 30 MW de energia - são 15.000 litros de água bombeada por minuto para mantê-lo refrigerado.
Detalhes da construção do eletroímã mais forte do mundo. [Imagem: Hahn et al. - 10.1038/s41586-019-1293-1]
O eletroímã recordista tem o tamanho de um rolo vazio de papel higiênico.
"Estamos realmente abrindo uma nova porta. Esta tecnologia tem um potencial muito bom para mudar completamente os horizontes das aplicações de alto campo devido à sua natureza compacta," disse Seungyong Hahn, engenheiro do MagLab.