A equipe espera ter uma versão do ar-condicionado de vestir pronta para uso em um a dois anos.
[Imagem: University of Missouri]
Ar-condicionado pessoal
Engenheiros da Universidade do Missouri, nos EUA, construíram um ar-condicionado de "vestir" - na verdade um adesivo para ser colado sobre a pele.
O dispositivo fornece aproximadamente 6º C de resfriamento para o corpo humano - sob uma intensidade solar de 840 Wm-2.
E, melhor de tudo, ele não exige bateria ou qualquer outro tipo de alimentação: o ar-condicionado pessoal de fato não consome eletricidade.
Ocorre que o material respirável e impermeável fornece ar-condicionado pessoal através de um processo chamado refrigeração passiva. O resfriamento passivo não utiliza eletricidade, enviando o calor para o espaço exterior por meio de um tipo de radiação para a qual a atmosfera terrestre é transparente.
"Nosso dispositivo pode refletir a luz solar para longe do corpo humano para minimizar a absorção de calor, ao mesmo tempo em que permite que o corpo dissipe o próprio calor do corpo, permitindo assim obter cerca de seis graus Celsius de resfriamento para o corpo humano durante o dia," disse o professor Zheng Yan. "Acreditamos que esta é uma das primeiras demonstrações dessa capacidade no campo emergente da eletrônica sobre a pele".
Além do conforto térmico, há inúmeras aplicações da tecnologia, sobretudo nos cuidados com a saúde humana, em conjunto com circuitos para monitorar a pressão sanguínea, a atividade elétrica do coração e o nível de hidratação da pele, por exemplo.
Foto do protótipo do ar-condicionado de vestir, antes (esquerda) e depois (direita) da remoção do substrato plástico.
[Imagem: Yadong Xu et al. - 10.1073/pnas.1917762116]
Roupas inteligentes
O protótipo consiste em um adesivo que deve ser aplicado sobre a pele com a ajuda de um substrato polimérico e água.
A equipe estima que terá uma versão pronta para uso em cerca de um a dois anos. Nesse meio tempo, eles também planejam incluir a tecnologia em roupas inteligentes.
"Eventualmente, gostaríamos de pegar essa tecnologia e aplicá-la ao desenvolvimento de têxteis inteligentes," disse Yan. "Isso permitiria que os recursos de resfriamento do dispositivo fossem disponibilizados por todo o corpo. No momento, o resfriamento está concentrado apenas em uma área específica em que o revestimento está localizado. Acreditamos que isso pode potencialmente ajudar a reduzir o uso de eletricidade e também o aquecimento global."