Há anos uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trabalha no desenvolvimento de barcos solares.
Embora use as competições como banco de provas para o desenvolvimento de tecnologias que permitam a aplicação da energia solar fotovoltaica para a propulsão de barcos, o trabalho agora começa a dar frutos sociais.
A mais recente delas é o projeto de um barco solar fotovoltaico para ser usado como um meio alternativo de transporte fluvial na Amazônia.
Financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo CNPq, o barco foi projetado considerando as condições climáticas e geográficas da Amazônia.
O objetivo principal do projeto será transportar estudantes para a escola, mas a embarcação será útil também para levar suprimentos aos moradores de comunidades ribeirinhas.
Mercado
O barco já está pronto, mas ficará ancorado na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro até meados de Agosto. Com o apoio da Universidade Federal do Pará, ele deverá ser levado à comunidade de Santa Rosa, no município de Barcarena, próximo a Belém.
Atualmente, o trajeto escolar no local é realizado por pequenas embarcações movidas a diesel, que poluem os leitos dos rios e estressam os animais por causa do ruído.
Segundo Ricardo Rüter, professor da UFSC, o próximo passo será fabricar outros barcos para que eles possam chegar ao mercado como uma alternativa de transporte, não apenas para o Norte, mas para outros locais do país.
A USP (Universidade de São Paulo) também já construiu seu barco solar, uma versão não tripulada voltada para o monitoramento ambiental.