Usina nuclear em navio
Na mesma semana em que autoridades japonesas reconheceram que a radiação do que restou dos reatores de Fukushima está vazando para o Oceano Pacífico, empresários russos anunciaram que estão construindo a primeira usina nuclear flutuante do mundo.
A rigor, já existem usinas nucleares flutuantes em inúmeros navios e submarinos, mas bem menores do que será a Estação Flutuante Akademik Lomonosov, que está sendo construída por um dos maiores estaleiros da Rússia, o Baltiysky Zavod.
Outra possibilidade de utilização da energia gerada será na dessalinização - a usina poderia garantir o fornecimento de 240.000 metros cúbicos de água potável por dia.
Usina flutuante sem propulsão
Segundo o porta-voz, as usinas flutuantes serão à prova de tsunamis e poderão suportar colisões com outros navios ou com a terra.
A embarcação, contudo, que terá uma tripulação de 69 operários, não será um navio propriamente dito.
Mesmo com tanta energia, ela não terá propulsão própria, significando que deverá ser rebocada ao local onde deverá operar - o que significa também que não poderá se deslocar em situações de emergência.
A França foi mais longe, e decidiu não se preocupar com riscos de afundamento de suas usinas no mar. Para isso, o país tem um projeto de construir usinas nucleares submarinas, já devidamente afundadas.